Explorando a Patagônia.
Você já parou para pensar que pode chegar ao fim do mundo, visitando impressionantes geleiras, ver pinguins, guanacos de perto ou conquistar o Parque Nacional Torres del Paine, escolhido a 8 ª maravilha do mundo? Tudo isso é possível fazer na Patagônia, região no sul da América do Sul, riquíssima em recursos naturais de incomparável beleza. Nós visitamos este destino em março 2017 e preparamos dicas importantes para todos que pretendem conhecer a encantadora Patagônia.
Para chegar ao “fim do mundo”, você pode escolher chegar pelo Chile ou pela Argentina. Para chegar pelo Chile é necessário fazer uma escala em Santiago para chegar ao destino final na cidade de Punta Arenas. Se você escolher chegar pela Argentina, recomendamos pegar o voô até a cidade El Calafate.
A melhor temporada para conhecer a região é de setembro até abril, pois o clima fica mais amigável. Nós fomos em março, que é começo de outono, e foi uma época bem agradável. Mesmo assim, é bom lembrar que na Patagônia o clima muda a cada minuto, com sol, chuva, e muito, muito vento. Por isso, leve roupa de frio, calçado de trakking, gorro, luvas; também não pode faltar óculos de sol e protetor solar e labial. Para curtir ao máximo os passeios e encantos que a Patagônia tem para oferecer, reserve 10 dias para fazer a viagem. Porém, dá para conhecer a região em 7 dias, mas o roteiro pode ser um pouco corrido.
Recomendamos alugar um carro para ter a facilidade e conforto ao circular pelas atrações da região, mas existe outra opção interessante e confiável, é usar os ônibus das empresas Bus-Sur, Buses Fernandez ou Zaahj. É bom ver nos sites das empresas a agenda e comprar as passagens com antecedência. Além de conhecer o destaque da Patagônia Chilena, que é o Parque Nacional Torres del Paine, não deixe de passar um tempinho em Punta Arenas, uma cidadezinha bem organizada e muito interessante, e também coloque na sua agenda El Calafate que é a porta de entrada do Parque Nacional Los Glaciares.
A nossa viagem, saindo de São Paulo, passou por Santiago, de lá pegamos outro voô para Punta Arenas. De Punta Arenas foi necessário pegar um ônibus até Puerto Natales, uma pequena cidade chilena que serve como base para quem vai conhecer O Parque Nacional Torres del Paine. Reservamos algumas horas para passear na Costanera e almoçar em um restaurante simples, porém, bem aconchegante chamado La Picada de Carlitos. Se estiver lá, experimente o cordeiro, prato local do lugar, que é uma delícia!
A tarde continuamos a viagem desde Puerto Natales rumo ao Parque Nacional Torres del Paine, o caminho demorou umas 2 horas mais. Se estiver de carro, no caminho pode visitar a Cueva del Milodón, um Monumento Natural chileno onde foram encontrados restos do milodonte, um animal pré-histórico que habitou essa área há alguns milênios. Chegando no Parque, logo fizemos check-in no hotel e aproveitamos para conhecer as redondezas deste lugar de tirar o fôlego. Conseguimos subir no miradouro Condor, recomendamos subir até o topo. Lá de cima a vista panorâmica dos Cuernos del Paine e o Lago Pehoe é maravilhosa!
Quanto à hospedagem, dentro do parque existem várias alternativas para se hospedar, desde campings, cabanas e luxuosos hotéis. Nós optamos pela Hosteria Pehoe, um hotel situado na ilha no Lago Pehoe com águas de cor azul turquesa. Este hotel proporciona uma vista deslumbrante para as montanhas e lago, simplesmente lindo demais!
Uma dica importante para quem pretende ficar em barracas, há fornecimento de espaços para preparar alimentos que você previamente comprou na cidade Puerto Natales, pois no Parque não existem restaurantes nem mercadinhos. O dia seguinte dedicamos inteiramente para conhecer o maravilhoso Parque. Como ele é enorme, no primeiro dia, a dica é fazer um tour full day, assim você poderá ficar perto de lagos, lagoas, geleiras, guanacos, avestruzes, rios e claro contemplar o maciço de diferentes ângulos.
Uma atividade recomendada é fazer o trakking na base das Torres del Paine. Se prepare para uma bela caminhada de 8 horas (4h para chegar até a base e 4h para voltar). Nós não conseguimos fazer por causa de tempo curto, mas falam que todo esforço no passeio será recompensado diante desse espetáculo da natureza. Outros lugares recomendadíssimos para conhecer no Parque são a Laguna Azul (aqui dá para fazer um piquenique na beira), a Cascada Paine, ou Salto Chico do Rio Paine.
Por último, vai ao setor Pudeto, um dos lugares mais visitados no parque, onde fica o Salto Grande do Rio Paine e também uma das melhores vistas das torres, caso não se aventure nas trilhas.
No dia seguinte continuamos o roteiro rumo a Patagônia Argentina, e paramos na cidade chamada El Calafate, que é uma cidade bem turística e graciosa! Aqui encontramos lojas e produtos típicos, cafés e restaurantes bem aconchegantes. Aproveite para alugar uma bicicleta e fazer um passeio até a Laguna Nimez, que fica em uma área de reserva natural e recebe a ilustre visita de flamingos durante o verão. El Calafate é mundialmente conhecida por ser a cidade que abriga o gigantesco Glaciar Perito Moreno, o ponto alto de uma viagem à Patagônia Argentina. O Parque Los Glaciares onde fica a famosa geleira está localizado a 1,5 hora de El Calafate, por isso, a dica é comprar a passagem de ônibus até o Parque logo quando chegar na rodoviária de El Calafate, há 2 horários de saída – de manhã e a tarde. Chegando ao Parque, já ficamos impressionados pela grandiosidade e beleza da geleira, que ainda surpreende com inúmeras tonalidades de azul.
Quando nós aproximamos mais, conseguimos ouvir os estrondos provenientes do desprendimento de gelo, na hora quando as partes da geleira estavam derretendo. E claro, a vista sem fim da geleira que se enconta com a neve das montanhas e vai além do horizonte, é de tirar o fôlego!
Mas o mais incrível é saber que se pode caminhar sobre o Perito Moreno! Existem dois percursos, um de 2 horas e outro de 7 horas de caminhada. Se desejar fazer, entre em contato com alguma agência de turismo de El Calafate e faça reserva com antecedência. Outra coisa legal que pode fazer no parque é um passeio de barco no Lago Argentino feito em um catamarã que navega por quase 7 horas e passa perto das geleiras Spegazzini, Upsala e Perito Moreno.
No último dia da viagem, aproveitamos para conhecer outra cidade chilena Punta Arenas, pois o nosso voô de volta partia dessa cidade. Para se hospedar, tanto em Punta Arenas, quanto em Puerto Natales, escolhemos um mini-hotel, há opções bem aconchegantes e com bom custo-benefício. Lá visitamos a Plaza de Armas, uma linda praça no coração da cidade; do lado dela fica o Palácio Sara Braun, um exemplo arquitetônico da cidade, muito interessante e bem conservado. De lá, seguimos para o Mirador Cerro De La Cruz, onde apreciamos toda a beleza de Punta Arenas com os seus telhados coloridos e até conseguimos ver uma parte da Tierra del Fuego no Estreito de Magalhães que liga os oceanos Atlántico e Pacífico.
Aproveitamos também para passear na Costanera de Punta Arenas, cheia de albatrozes, que de longe podem ser confundidos com os penguins! Falando de pinguins, não deixe de visitar a Ilha Magdalena, próxima a Punta Arenas e que lhe permiterá vê-los de perto. Para chegar lá, somente será necessário pegar um barco à motor e atravessar o Estreito de Magalhães. Pena que não fizemos este passeio, pois não o reservamos com antecidência, então vai ficar para a próxima!
Em resumo, a Patagônia, tanto a parte chilena, quanto a argentina, garante uma experiência inesquecível para todos que a visitam. Aventure-se, aprecie essa natureza única, e boas férias!
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